APESAR DA CONSCIENTIZAÇÃO DOS RISCOS, O CÂNCER DE PELE CONTINUA EM ASCENSÃO!

Os hábitos de proteção solar ainda são insatisfatórios,

há um grande número de pessoas que só se lembram desta proteção

quando estão de férias na praia.

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Paralelamente à crescente conscientização dos perigos da exposição solar excessiva, constata-se também a valorização do bronzeado, aceito universalmente pela sociedade, e que se manifesta em conceitos como:

Uma pele dourada traduz status social e saúde;

– O bronzeado dissimula pequenas imperfeições e transmite juventude a pele; – O bronzeado faz o corpo parecer mais magro e rejuvenescido.

O bronzeado da pele depende dos melanócitos que são células produtoras de um pigmento de proteção, a melanina.  Ao nascer, recebemos um número de melanócitos que se constituem no patrimônio genético de cada um, é o chamado Capital Solar. Calcula-se que o seu número decresce em 10%, a cada dez anos.

PROTEJA SEU CAPITAL SOLAR

No decorrer da vida, gastamos este capital solar no dia-a-dia, de acordo com a nossa exposição ao meio ambiente, e desta forma este capital vai se reduzindo. A quantidade destas células bronzeadoras também se reduz à medida que envelhecemos, concorrendo para a perda de resistência natural da pele e a sua capacidade de auto reparação.

 

Estudos recentes calcularam que este Capital seria:

  • de 150.000 horas para as pessoas de fototipo mais escuros;
  • de 50.000 horas para as pessoas de fototipo mais claros.

COMO ADMINISTRAR NOSSO CAPITAL SOLAR

O filtro solar é o recurso disponível que temos para reduzir o gasto  deste capital durante a vida. Se soubermos administra-lo de forma inteligente, nos protegendo eficazmente, ele será preservado e nossa pele não sofrerá com manchas e envelhecimento precoce, causados pelos efeitos cumulativos do sol.

 

VITAMINA D X FOTOPROTEÇÃO

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A Vitamina D é fundamental para a saúde humana, e um dos seus benefícios mais importantes é favorecer a absorção de cálcio e sais minerais, prevenindo osteopenia, osteoporose, osteomalácia, raquitismo e fraturas.

A principal fonte de Vitamina D é a radiação Ultra Violeta do tipo B (UVB) que transforma 7-Dehidrocolesterol, presente na pele, em pré-colecalciferol (pré-Vitamina D3). Em seguida uma cadeia de reações metabólicas passa a ocorrer no fígado e nos rins, culminando com a síntese da Vitamina D (1,25-dihidrocolecalciferol).

De acordo com o Dr. Michael F. Holick, especialista em pesquisas sobre esta vitamina, “com níveis adequados de Vitamina D podemos viver mais tempo”.

O pico de ação da radiação UVB, ocorre no período compreendido entre 10h30 e 14h30, que é quando a incidência destes raios torna-se perpendicular e mais profunda, com maior poder eritematógeno (vermelhidão da pele). Esta radiação é o fator mais importante no desencadeamento do câncer de pele (ação fotocarcinogênica), e bastam 5 minutos de exposição para que modifique as proteínas ao redor dos capilares sanguíneos da derme, desencadeando processo inflamatório que se traduz pelo eritema.

Segundo a Skin Cancer Foundation, cerca de 90% dos cânceres de pele são melanomas, e basta uma bolha de queimadura na pele, causada pelo sol, para dobrarem as chances de se desenvolver um melanoma no futuro.

Os filtros solares podem absorver ou refletir o UVB e realmente reduzem a produção de Vitamina D na pele.

Segundo estudo realizado, por De Paula Correa et al, na cidade de São Paulo, durante 3 anos, onde somente mãos e face, foram expostos ao meio ambiente externo, de modo não intencional, durante 10 minutos diários, ficou demonstrado que este tempo foi suficiente para produção adequada de Vitamina D, em uma pessoa de fototipo II (a que queima e não bronzeia, segundo Fitzpatrick)

Com base em pesquisas e experimentos realizados no mundo inteiro, que envolvem a necessidade de Vitamina D X Foto Proteção, podemos concluir que devemos ter maior preocupação com os riscos relacionados à exposição solar do que com os da não exposição.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia manifestou-se formalmente declarando que “na prática sabemos que o uso regular de fotoprotetores não levam à deficiência de Vitamina D”.

SOL, AMIGO OU INIMIGO?

 

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Utilizar foto protetores evita câncer de pele, mas também inibe a produção de vitamina D. Testes demonstraram que o FPS 15 pode reduzir em 30% a síntese desta vitamina, e o FPS 30, em 90%.

Em 2013, durante o 17.o AAD (American Association of Dermatology), foi realizado o forum Controversies in Vitamin D, para discutir sobre os benefícios, riscos e recomendações para manter a dosagem de vitamina D em nosso corpo.

A Radiação UVB, emitida pelo sol, transforma a 7-Dehidrocolesterol, presente na pele, em pré Vitamina D3. Posteriormente, uma série de reações metabólicas passam a ocorrer no fígado, e nos rins, finalizando a produção da Vitamina D, cuja meia vida é de aproximadamente 2 semanas.

Porém temos a compensação no dia-a-dia.

Estudo publicado por De Paula Correia et al, avaliando o nível de radiação na cidade de São Paulo, durante 3 anos, demonstrou que a exposição diária, não intensional, de apenas 25% do nosso corpo ao meio ambiente (face, antebraços e mãos), é suficiente para a produção adequada de vitamina D.